Uma agente voluntária da CPT em Maués (AM) vem sofrendo perseguição por sua atuação pastoral. No dia 07 de junho seu esposo sofreu tentativa de homicídio quando estava acompanhado da agente e do filho adolescente. A CPT-AM requer das autoridades competentes as providências cabíveis para identificar os envolvidos e esclarecer a tentativa de homicídio.
Leia a nota na íntegra:
NOTA PÚBLICA
Na tentativa de evitar o agravamento de situações de violência no campo e garantir justiça para as comunidades que vivem da terra, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) vem acompanhando conflitos envolvendo comunidades rurais no Amazonas. Dada a grave situação dos conflitos em toda a Amazônia, esse acompanhamento por vezes acaba implicando na exposição dos próprios agentes ligados à pastoral e de seus familiares a situações de violência. Mas não se pode naturalizar essa violência. Ao contrário, é necessário combate-la.
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No dia 07 de junho de 2020, o esposo de uma agente voluntária da CPT de Maués sofreu uma tentativa de homicídio. Na ocasião, a vítima encontrava-se acompanhada da esposa e do filho adolescente e foi atingida nas constas por um disparo de espingarda. Por sorte a vítima foi atendida e está se recuperando sob cuidados médicos. A violência também causou traumas no filho, que está muito abalado emocionalmente. O agressor identificado estava acompanhado de dois outros indivíduos. Entretanto, até o presente momento, nenhum dos três foi capturado e ouvido pela polícia para explicar os motivos do atentado.
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A agente voluntária da CPT tem sido uma presença solidária em comunidades pobres do município de Maués e é atuante no combate a crimes ambientais. No período em que seu esposo sofreu o atentado, ela se preparava para a distribuição de cestas de alimentos à famílias de agricultores ribeirinhos que se encontram em situação vulnerável em decorrência da pandemia de coronavírus.
Nesse sentido, solicitamos das autoridades competentes as providências cabíveis para identificar os envolvidos e esclarecer estes fatos e os motivos que os levaram a praticar tal violência, bem como, cumpram com os requisitos necessários para que os indivíduos sejam apresentados à justiça e que seja garantida a segurança da vítima e seus familiares.
Manaus, 23 de junho 2020.
Comissão Pastoral Da Terra - Regional Amazonas