COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Lançamento do 1º Barômetro de Alerta para a situação dos direitos humanos no Brasil será feito amanhã (30), na sede da CCFD, em Paris, com a presença dos 17 membros da Coalizão Solidariedade Brasil*.

A Coalizão Solidariedade Brasil convida para coletiva de imprensa em que serão apresentadas as conclusões do Barômetro de alerta para a situação dos direitos humanos no Brasil (2019), produzido por seus membros. O trabalho constitui o primeiro estudo que propõe um relatório detalhado e atualizado sobre a situação social do Brasil.

Um ano após a chegada de Jair Bolsonaro ao poder, viu-se a necessidade de elaborar um documento visando:

- medir a pressão e a as violências sofridas pelos movimentos e pelas organizações da sociedade civil brasileira.

- destacar as lutas e as resistências destes mesmos atores nos territórios.

O barômetro apresenta-se como uma cartografia das diferentes categorias sociais criminalizadas no Brasil: povos indígenas, comunidades camponesas, sem-terra, afro-descendentes, pessoas LGBTQI+, mulheres, etc.

Os elementos apresentados e os dados coletados são o fruto de análises e de relatórios produzidos pelas organizações brasileiras e pelos movimentos sociais parceiros da Coalizão Solidariedade Brasil. Esse texto resulta, assim, de estudos e trabalhos de pesquisa, mas também de experiências vividas pelas organizações atuantes, que realizam cotidianamente um trabalho de defesa dos direitos humanos e do meio ambiente.

As conclusões do Barômetro confirmam um aumento nesses últimos anos da violência contra os defensores/as de direitos e contra diversas categorias sociais excluídas.

A título de exemplo, entre 2016 e 2018:

- As vítimas de feminicídios [1] aumentaram 29,8% [2].

- As vítimas de violências policiais aumentaram 47,3% [3].

- O número de hectares de terras em conflito aumentou 67% [4].

- O número de indígenas assassinados aumentou 141% [5].

Esse barômetro, instrumento de informação e alerta, constitui a primeira etapa da campanha “O Brasil resiste. Lutar não é crime”. Em um segundo momento, serão feitas ações de interpelação de governantes e tomadores de decisão franceses e europeus, que os membros da coalizão contam apoiar e proteger os atores da sociedade civil brasileira.

A coletiva será realizada amanhã, quinta-feira, 30 de janeiro, às 9h30 (horário França) na sede da CCFD-Terre Solidaire (4, rue Jean Lantier – 75001 Paris).

CONTATOS DE IMPRENSA:

• Sophie Rebours, CCFD-Terre Solidaire :

s.rebours@ccfd-terresolidaire.org, 01 44 82 80 64/07 61 37 38 65

• Lucas Hauser, Autres Brésils :

lucas@autresbresils.net, 01 40 09 15 81/ 06 37 26 87 34

 

*A Coalizão Solidariedade Brasil é composta pelas 17 organizações de solidariedade internacional :

Act Up Paris, Acteurs dans le monde Agricole et Rural (AMAR), Attac France, Autres Brésils, CCFD – Terre Solidaire, Centre d’études et d’initiatives de solidarité internationale (Cedetim), Centre d’étude du développement en Amérique Latine (CEDAL), Centre de recherche et d’information pour le développement (CRID), Comité des Amis des Sans Terre du Brésil, Comité de solidarité avec les Indiens des Amériques (CSIA-Nitassinan), Emmaüs International, France Amérique Latine (FAL), France Libertés, Internet sans frontières, Planète Amazone, Red.br, Secours Catholique -Caritas France.

___________________________

1 Assassinato de mulheres por sua identidade de gênero, crime tipificado em lei em 2015 (França).

2 Fórum Brasileiro de Segurança Pública, edições 2017 e 2019 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

3 Idem.

4 Comissão Pastoral da Terra. Relatório “Conflitos no campo – Brasil”, 2018.

5 Conselho Indigenista Missionário (CIMI), Relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil”, 2016 e 2018.

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