“Não há provas que sustentem as acusações de práticas de crime imputadas ao pe. Amaro”, disse o advogado da CPT, José Batista Afonso, em coletiva de imprensa realizada hoje (12), em Belém (PA).
(Assessoria de Imprensa CNBB Norte 2 / foto: Lilian Teixeira - CPT Pará)
Na manhã desta quinta-feira (12/04), ocorreu uma coletiva de imprensa, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB Norte 2 (Pará e Amapá) realizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) e a Federação dos Agricultores do Estado do Pará (FETAGRI), sobre a situação do pe. José Amaro Lopes de Souza, preso no dia 27 de março, em Anapu, no sudoeste do Pará.
A análise feita pelos advogados que fazem a defesa indica “Que não há provas que sustentem as acusações de práticas de crime imputadas ao Pe. Amaro. Na verdade, o que se percebe a partir das análises dos documentos do inquérito é a existência de uma articulação dos fazendeiros da região com o objetivo de denegrir a imagem, criminalizar as suas ações e afastá-lo de suas atividades em defesa dos camponeses no munícipio de Anapu”, disse José Batista Afonso, advogado da CPT.
O sacerdote era amigo da missionária Dorothy Stang, assassinada a mando de fazendeiros em 2005. Padre Amaro está desde 1998 na Paróquia Santa Luzia, tem uma atuação contra desmatamento ilegal e vinha sofrendo ameaças pela luta fundiária na floresta.
Ainda segundo José Batista já foi ingressado o pedido de revogação da prisão preventiva do pe. Amaro, e caso seja indeferido “ingressaremos com o pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Pará e esperamos com isso que ele seja posto em liberdade e o mais rápido possível”, completou o advogado.