Marcos Bengston, filho do ex-deputado, foi preso na tarde do dia 7 de setembro, acusado de ser o mandante do assassinato de Valmeristo Soares, o Caribé, ocorrido no dia 4 deste mês.
O filho do pastor e ex-deputado federal Josué Bengtson, Marcos Bengtson, foi preso na tarde da última terça-feira (07), acusado de ser o mandante do assassinato do trabalhador rural José Valmeristo Soares. Valmeristo – conhecido como Caribé – foi morto no último dia 03 no município de Santa Luzia do Pará, no estado do Pará. Além de Marcos, foram presos dois pistoleiros suspeitos de serem executores do crime.
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Os trabalhadores Valmeristo e João Batista Galdino estavam indo até a cidade de Santa Luzia do Pará prestar um depoimento sobre a denúncia feita pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de um despejo arbitrário. Antes de ser morto, Caribé foi espancado e torturado por um grupo de três pistoleiros armados. João Batista também foi torturado, mas conseguiu fugir.
De acordo com o integrante da coordenação estadual do MST, Ulisses Manaças, a milícia armada estava a serviço de Josué Bengstson, que se reivindica dono de 1.8 mil, dos quase 7 mil hectares de terras da gleba Pau de Remo.
“A gleba Pau de Remo é uma gleba federal, à margem da BR-316, que liga o Pará ao Maranhão. E as terras até 100 quilômetros das margens são terras públicas. Dentro da gleba Pau de Remo tem essa propriedade, chamada fazenda Cambará e dessa área o Josué Bengstson tem título de apenas 1.8 mil hectares. O Incra, o programa Terra Legal – que é ligado ao governo federal, e o Instituto de Terra do Pará nunca fizeram um levantamento cartorial para saber a veracidade ou não dos títulos que ele comprova. Para nós, ele fez uma apropriação de terras públicas de maneira ilícita.”
O MST reivindica o uso das terras da Fazenda Cambará para a reforma agrária, o que poderia atender, no mínimo, 300 famílias.