Roberto Santos Araújo, 35 anos, foi encontrado morto no quilômetro 52 da RO-257, na região Ariquemes, no Vale do Jamari, Rondônia, na última quarta-feira, dia 1º de fevereiro.
(Com informações de Resistência Camponesa)
"Roberto era recém-acampado e muito entusiasta da luta camponesa, havia trabalhado muito em fazendas e sido expulso das mesmas, sem receber seus direitos trabalhistas", destaca o portal da Resistência Camponesa. Ele era um dos coordenadores do acampamento Terra Nossa, que reivindica as terras da fazenda Tucumã.
“A mesma fazenda que no início de 2016 foi palco de barbaridades cometidas pelo latifúndio, e seus bandos armados de pistoleiros e policiais”, afirma a Resistência Camponesa.
No passado, nesta mesma área, foram mortos os jovens Alysson Henrique Lopes, 23 anos, e Ruan Hildebrandt Aguiar, 18 anos. O caso aconteceu no dia 31 de janeiro. O corpo de um rapazes foi queimado, e o outro ficou desaparecido por um tempo.
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A Resistência Camponesa lembra ainda que nesse período alguns pistoleiros foram “presos com um verdadeiro arsenal de guerra”. Que explica ainda: “Junto do bando foi detido o 3º sargento PM Moisés Ferreira de Souza, que foi liberado pelos policiais e depois contaram uma fantasiosa estória de ele teria fugido. Até hoje os mandantes e executores desses crimes continuam impunes”.
Durante a remoção do corpo de Roberto, conforme camponeses da região, esteve no local um policial militar, “que coincidentemente esteve presente também em outra situações parecidas, quando do assassinato da Edilene e Izaque, e em tentativas de forjar provas contra camponeses e intimidação de advogados e camponeses nas áreas Terra Nossa, Seringueiras, área Enilson Ribeiro e área 10 de Maio”, destaca a Resistência Camponesa.