Organizações eclesiais e da sociedade civil encerraram, na noite desta quinta-feira (29), a campanha Amazoniza-te, iniciada em 2020 para dar visibilidade as lutas dos povos da Amazônia e aos perigos que estão expostos.
Texto: Comunicação Repam/Brasil
Imagem: Reprodução
Sob o tema “Com os povos e comunidades, amazonizando a Casa Comum”, a celebração online foi marcada pelo verbo amazonizar. Evocado como memória de resistência e de ancestralidade, a convocatória levantada pelo termo propõe a participação ativa de toda a sociedade em defesa da Amazônia, seu bioma e seus povos ameaçados em seus territórios.
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A caminhada da campanha foi relembrada pela diretora executiva da REPAM-Brasil, Ir. Maria Irene Lopes, que ao abrir o evento, agradeceu a todos e todas que levaram adiante a campanha e afirmou que a expectativa é que a defesa da Amazônia se torne um compromisso de toda a sociedade. “Nossa esperança é que a partir de agora é que a Amazoniza-te seja mais que uma campanha seja um compromisso diário de todos e todas possam dar significado e ser corresponsáveis com o coração biológico do planeta, como lembra o Papa Francisco”, ressaltou Ir. Irene.
Márcia Oliveira, assessora da REPAM-Brasil, resgatou o conceito do verbo Amazonizar explicando que o termo significa “conviver com esse ecossistema respeitando suas particularidades, entendendo sua riqueza e, ao mesmo tempo, as suas fragilidades”.
A celebração também contou com a presença do cantor, compositor e evangelizador Antonio Cardoso, que emocionou os participantes com canções dedicadas à Amazônia.
Para a presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), Ir. Maria Inês, a Amazoniza-te se inicia hoje não como uma campanha, mas como um compromisso com a vida da Amazônia e dos seus povos. “A campanha foi só um gostinho para que esse projeto de defesa e de amor à Amazônia possa continuar, e para que isso aconteça é preciso muita união das organizações porque a força do mal é muito grande”, frisou.
“Queremos agradecer e continuar incentivando para que todas as organizações do nosso país tenham essa força frente as forças do mal, que querem destruir a Amazônia”, afirmou Ir. Maria Inês.
Também foram apresentados vídeos com relatos dos povos da terra, seringueiros, quilombolas, indígenas, ribeirinhos, mulheres e jovens, que mostraram os rostos e fizeram ecoar as vozes da Amazônia.
O presidente da REPAM-Brasil, Dom Erwin Kräutler, encerrou a celebração com um agradecimento a todos aqueles que contribuíram com a campanha e pediu que todos tomassem consciência sobre as ameaças à Amazônia. “Amazoniza-te é sinônimo de sensibiliza-te, toma consciência e acorde antes de que seja tarde demais. Mais tarde, pode ser tarde demais. A campanha e os nossos eventos terminam, mas a conscientização e a sensibilidade pela Amazônia vão continuar”, garantiu Dom Erwin.
A Campanha
Criada em julho de 2020, a campanha “Amazoniza-te” nasceu do diálogo entre organizações eclesiais e da sociedade civil a partir da necessidade de sensibilizar a opinião pública brasileira e internacional sobre o perigo ao qual está sendo exposta a vida na Amazônia. O desmonte dos órgãos públicos de proteção ambiental, o desrespeito contínuo da legislação, bem como ausência da participação da sociedade civil nos espaços de regulação e controle das políticas públicas também fomentaram a criação da campanha.
Integram a campanha Amazoniza-te o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam), Mídia Ninja e o Movimento Humanos Direitos (MHuD). Apoiam a campanha a ANEC, as POM, o OLMA e a CRB Nacional.
Comunicação REPAM-Brasil