CPT e MST denunciarão desmatamento na Amazônia em documentário da produtora Argentina, Cru Films, que estará no Pará entre os dias 11 e 15 de novembro para a realização do vídeo, que abordará os principais motivos que levam o Estado paraense a ser campeão de desmatamento na região.ágina do MST / Imagem: Greenpeace)
(João Marcio - P
Um grupo de documentaristas da produtora Argentina, Cru Films, estará no Pará entre os dias 11 e 15 de novembro para a realização de um documentário que aborda os principais motivos que levam o Estado paraense a ser campeão de desmatamento na Amazônia.
Segundo estudo divulgado pela organização não governamental Imazon (Instituto do Homem e do Meio Ambiente na Amazônia), a Amazônia perdeu 210 quilômetros quadrados no mês de agosto. O Pará é responsável por 68% do desmatamento, ou seja, 142 quilômetros quadrados de floresta.
Para Sanae Hayaschi, pesquisadora do Imazon, esse cenário no Pará é consequência de “uma intensa expansão ilegal de áreas de pastagem para pecuária e de agronegócios, principalmente os ligados à produção de soja”.
Assim, entre os movimentos solicitados para falar sobre o assunto, está o MST e a Comissão Pastoral da Terra (CPT).
“Pelo desmatamento na Amazônia e o conflito social que vive a região, principalmente no estado do Pará, é muito importante registrar a atuação do MST nesse contexto”, afirma a produtora Júlia Bottai, que compõe o grupo de documentaristas.
O grupo gravará nos acampamentos Dalcídio Jurandir, em Eldorado dos Carajás, e Dina Teixeira, em Canaã dos Carajás, municípios localizados no Sul do Pará.
Esse acampamentos são emblemáticos na região. Dalcídio Jurandir faz parte das devastadas terras de Dantas para atender a agropecuária, contrastando com a pequena, mas resistente produção dos acampados.
Já Dina Teixeira se encontra meio a uma disputa judicial entre o dono das terras improdutivas griladas usada também para a agropecuária, a mineradora Vale, com o objetivo de explorar as jazidas que foram
encontradas no local. As 384 famílias acampadas sobrevivem em sua grande maioria do que já plantam para subsistência e venda, em dois anos na área.
O documentário poderá ser assistido no próximo ano pelo canal de televisão Infinito, canal de TV a cabo pertencente à Turner Broadcasting System, para vários países da América Latina.
No Brasil, o canal Infinito é transmitido pelas operadoras Telefônica TV Digital, Oi TV e Nossa TV.