COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Comissão Pastoral da Terra no Amazonas (CPT-AM), Cáritas, União Nacional por Moradia e outras diversas organizações realizarão, logo mais, ato público em memória de Maria das Dores dos Santos Salvador, conhecida como Dora. O ato acontecerá às 15 horas, na Praça Três Poderes, no município de Iranduba. Após o protesto, Dom Sérgio Eduardo realizará uma celebração. 

 

(Fonte: Com informações da CPT Amazonas)

Há seis dias Dora foi arrancada de casa por vários homens armados. Foi sequestrada, torturada e assassinada. O crime ocorreu entre no dia 12 desse mês, no município de Iranduba, a 27 quilômetros de Manaus, no Amazonas. Após ser morta, foi jogada em um ramal no km 40 da rodovia estadual Manoel Urbando, a AM-070. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte com marcas de agressões e pelo menos 12 tiros.

Maria das Dores tinha 53 anos e era enfermeira, trabalhadora do campo, líder comunitária e presidenta da Associação de Moradores da Comunidade Portelinha, localizada no município em que perdeu a vida. Além disso, a mulher, segundo a CPT no estado, atuava também na União Nacional por Moradia Popular.

Dora, desde que assumiu a liderança da comunidade, denunciava a venda ilegal de terras no local. Essa comercialização, conforme denúncias dela e de moradores da região, era realizada por Adson Dias Silva, conhecido como “Pinguelão”, que é apontado como principal suspeito de mandar sequestrar e executar a vítima, conforme informações do ‘Portal do Zacarias’. 

De acordo com a Pastoral, Dora já havia registrado 20 boletins de ocorrência na delegacia de Iranduba, na Secretaria de Segurança do Estado, além de denunciar as ameaças que vinha sofrendo na Assembleia Legislativa do Amazonas, onde relatou que estava sendo ameaçada de morte em virtude de sua luta por terra, moradia e denúncias de grilagem de terras na região onde morava.

Segundo a CPT-AM, a disputa por terras na região tem sido acirrada, pois grandes grileiros, empresários, e imobiliárias oferecem terras ‘documentadas’ pelos órgãos federais.

Em relação a esse conflito, a CPT solicitou providências da Ouvidoria Agrária Nacional, na pessoa do ouvidor Gercino Filho, que já encaminhou ofício ao Delegado Geral de Policia Civil do Estado e para outros órgãos competentes solicitando a designação de uma equipe especial da Polícia Civil para apurar as circunstâncias do homicídio da Maria das Dores.  

Contudo, os moradores da Comunidade Portelinha, Ramal Serra Baixa, pedem justiça e uma investigação profunda sobre esse caso, pois temem, também, por suas vidas.

SAIBA MAIS: Liderança rural é sequestrada e assassinada em Iranduba, no Amazonas

CPT registra 23 mortes no campo somente no primeiro semestre de 2015

 

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