A marcha teve início ontem, 23 de agosto, e saiu da cidade de Araguaína (TO) em direção ao município de Estreito (MA). O grupo cobra das empresas responsáveis pela obra, seus direitos e reivindicações feitas há mais de um ano, tempo em que estão acampados próximo à área de construção da Usina.
Os atingidos pela Usina Hidrelétrica de Estreito, que está sendo construída sob o rio Tocantins, entre o estado de Tocantins e Maranhão, irão marchar por mais de 125 km, cobrando das empresas responsáveis pela obra, seus direitos e reivindicações feitas há mais de um ano, tempo em que estão acampados próximo à área de construção da Usina.
A marcha teve início ontem, 23 de agosto, e saiu da cidade de Araguaína (TO) em direção ao município de Estreito (MA). Houve um ato na praça Luís Orione que, segundo Valéria Pereira, da CPT Araguaína, reuniu cerca de 400 pessoas. Nesse momento foi lançado, também, o Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra. Durante toda a marcha serão realizados momentos de formação com os militantes sobre direitos humanos, os impactos dos grandes projetos, os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras atingidos por eles, a presença do agronegócio no campo brasileiro e haverá, também, uma preparação dos militantes para o Plebiscito pelo Limite, que será realizado de 1 a 7 de setembro em todo o país. Fazem parte da marcha famílias do Movimento por Atingidos por Barragem (MAB), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e famílias acompanhadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). A marcha deve chegar a Estreito no dia 1º de setembro.
A Usina Hidroelétrica de Estreito é de propriedade das empresas Suez, Vale, Alcoa e Camargo Corrêa, que fazem parte do Consórcio Ceste Energia. Foi iniciada com graves irregularidades que vão desde a concessão até a implantação das obras pelo consórcio, e, mesmo assim, está em processo acelerado de construção. Porém, as negociações junto aos atingidos não avançam. Eles reclamam da falta de clareza sobre os critérios utilizados para definir os valores das indenizações e diversas famílias não tem perspectiva de vida, pois não são reconhecidas como atingidas. O CESTE violou os direitos humanos ao não reconhecer várias categorias de trabalhadores como atingidos, entre eles os pescadores, extrativistas, oleiros, vazanterios, barraqueiros e barqueiros.
Araguaína irá capacitar professores da rede estadual para o Plebiscito
Ainda essa semana, a Comissão Pastoral da Terra de Araguaína e movimentos sociais da região irão realizar oficinas de capacitação para professores da rede estadual de ensino, em preparação ao Plebiscito Popular pelo Limite da Propriedade da Terra, que terá início na próxima semana. Além disso, urnas serão espalhadas por todo o centro da cidade, com informações aos cidadãos e cidadãs sobre o Plebiscito e a importância de votar pelo fim do latifúndio e da violência no campo.
Maiores informações:
Valéria Pereira - CPT Araguaína - (63)3412-3200
MAB - (63) 9211-4472 / (63) 9242-8468
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