Por Heloisa Sousa, com informações da CPT Amapá
No último domingo (16), a Comissão Pastoral da Terra regional Amapá, em conjunto com a Defensoria Pública, realizou uma atividade no município de Cutias do Araguari (AP) para escuta e apoio aos posseiros da Comunidade Parabrilho, que vivem em situação de conflito agrário. O momento contou com a presença da assessoria jurídica da CPT Amapá e do defensor público Guilherme Amaral.
A ação teve como objetivo ouvir as demandas e relatos das famílias que enfrentam disputas de terra, buscando entender suas condições e oferecer suporte jurídico e social. Na ocasião, o defensor público ouviu as queixas dos agricultores e traçou com eles algumas estratégias de defesa.
Segundo o padre Sisto Magro, membro da coordenação colegiada CPT Amapá, o conflito entre agricultores da região e empresários do agronegócio envolve cerca de dez mil hectares de terra. “Essa é uma disputa de terras muito cruel e violenta e o estado entra também tentando autorizar pessoas que não tem nada de legítimo a ocupar essas terras que na verdade são produtivas e que nossos agricultores de fato estão se beneficiando por meio do próprio trabalho”, explica.
A CPT, conhecida por sua atuação em defesa dos direitos de trabalhadores rurais e comunidades tradicionais, reforçou seu compromisso com a mediação pacífica e a busca por soluções justas, enquanto a Defensoria Pública atuou para garantir o acesso à justiça e a proteção dos direitos dessas famílias. “A CPT está junto acompanhando, orientando e fazendo essa articulação para que as autoridades possam intervir na causa e ajudar os agricultores na defesa dos próprios direitos”, completa padre Sisto.