COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Por Carlos Henrique Silva (Comunicação CPT Nacional)

Na semana em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), agentes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) receberam homenagens pela sua atuação em âmbito profissional e pastoral na luta pela efetivação dos direitos dos povos da terra no campo, nas águas e nas florestas.

No último sábado (07), na Assembleia Legislativa de Goiás, uma sessão solene fez a entrega de Certificado do Mérito Legislativo a várias pessoas, dentre procuradores, ativistas e representantes de comunidades. Uma das pessoas homenageadas foi Isolete Wichinieski, da Articulação das CPTs do Cerrado, que também integrou a Coordenação Nacional da pastoral até o mês de abril de 2024.

Crédito da foto: Carlos Costa/ALEGO

Em sua fala, Isolete agradeceu pela importância de ocupação do espaço e por representar não apenas os direitos dos povos e das comunidades, mas também da terra, das águas e florestas, que também têm o direito de existir. “A CPT é muito conhecida pelos lançamentos do caderno Conflitos no Campo, mas os conflitos também incluem a resistência desses povos pela sua terra, território, natureza e animais continuarem existindo. Eu falo em nome das mulheres do campo, quando a violência contra elas ainda é muito invisibilizada. A juventude também sofre no seu cotidiano, principalmente a negra, pobre e marginalizada. As comunidades quilombolas, sem-terra e tantas identidades dos povos e comunidades tradicionais, que seguem na contramão da uniformidade do agronegócio."

"Também lembro aqui o Levante de Correntina/BA, quando mais de 10 mil pessoas foram para a rua junto com as comunidades pra denunciar a exploração da água no Rio Arrojado. Não somos terroristas, somos um povo que luta pela vida”, afirmou Isolete.

O deputado estadual Mauro Rubem (PT), autor da proposta da Sessão Solene, destacou o apoio à causa palestina e a denúncia das milhares de mortes pelas ações genocidas do Estado de Israel: “Precisamos mostrar que existe um genocídio, e que o governo local não apenas apoia esta prática e o atual líder do governo israelense, mas também pratica a mesma lógica da violência contra os pobres, os que lutam por moradia, salários e outros direitos”, destacou, acrescentando que celebrar este dia é um ato de resistência e de reafirmar o compromisso com essa causa, principalmente no atual contexto do estado de Goiás.

Crédito da foto: Carlos Costa/ALEGO


Prêmio Dom Tomás Balduíno (GO) - Já na sexta-feira (06) à noite, foi a vez da jornalista do Setor de Comunicação da CPT Nacional, Heloisa Sousa, receber o Prêmio Dom Tomás Balduino de Direitos Humanos, concedido pelo Comitê Goiano de Direitos Humanos Dom Tomás Balduino, Sindicato de Jornalistas de Goiás (SindJor), Faculdade de Informação e Comunicação (FIC) e o Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisa em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás (UFG). A jornalista foi premiada pela produção do livro-reportagem “No Chão Vermelho – narrativa de mulheres camponesas na luta pela terra”, resultado de seu trabalho de conclusão de curso e que é fruto de entrevistas e pesquisa junto a comunidades rurais e assentamentos ligados ao Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Goiás (Fetraf-GO).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Crédito das fotos: William Oliveira


Prêmio Honorário de Direitos Humanos (PA) - Nesta terça-feira (10), a CPT Tucuruí/PA, representada pelo agente Sirlei Carneiro, também recebe o Prêmio Amatra 8 de Direitos Humanos Pe. Bruno Sechi, concedido pela Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 8a Região (Pará/Amapá) - Amatra 8. O prêmio honorário é uma categoria com destaque na promoção da Cidadania e dos Direitos Humanos. No ano de 2023, a CPT recebeu este mesmo prêmio na categoria de Combate ao Trabalho Escravo.

“É muito gratificante este reconhecimento da Amatra ao trabalho feito pela CPT, de presença junto aos povos indígenas, quilombolas, os povos da floresta, das águas. Por trás do nome da CPT, está o esforço de cada agente na lida do dia a dia, na garantia dos direitos destes povos, dos trabalhadores vítimas do trabalho escravo nas fazendas e outros estabelecimentos. A CPT sempre está presente, denunciando para que as pessoas tenham o direito à cidadania”, conclui Sirlei.

 

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