COMISSÃO PASTORAL DA TERRA

 

Por  CPT João Pessoa

A 35ª Romaria da Terra da Arquidiocese da Paraíba, realizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), nos dias 19 e 20 de outubro, emocionou romeiras e romeiros com uma sensível e merecida homenagem aos trabalhadores e trabalhadoras mártires da luta pela terra.

Com o tema “O sangue derramado fecundou o chão, sementes na terra fazem gerar o pão” e o lema “Tirem as sandálias dos pés, porque a terra que vocês pisam é santa” (Êxodo 3:5), a romaria deste ano teve início na comunidade Pau a Pique, em São José dos Ramos, com uma missa celebrada pelo bispo auxiliar da Arquidiocese da Paraíba, Dom Alcivan, e seguiu até o assentamento Almir Muniz, em Itabaiana.

A primeira e única parada ocorreu na metade do percurso, na Igreja Matriz de São José dos Ramos, já no decorrer da madrugada. Neste momento, com velas acesas distribuídas às romeiras e romeiros, houve uma mística para recordar as companheiras e companheiros que deram suas vidas à luta pela terra na Paraíba e em outras regiões do Brasil. Dentre elas, Almir Muniz, Margarida Maria Alves, irmã Dorothy, Ivanildo, João Pedro Teixeira, entre outros.

A cada nome chamado, erguia-se um estandarte com a foto do/a mártir da terra. E assim seguiu a homenagem, intercalada pelo canto "Vidas pela vida, vidas pelo Reino, todas as nossas vidas, tal qual a sua vida, igual a vida Dele. Óh, Mártir Jesus!".

Fortalecidas pela esperança e coragem transmitidas naquele ato místico e de fé, as romeiras e romeiros continuaram a segunda metade da peregrinação estrada de chão adentro até o assentamento Almir Muniz.

Na chegada à sede da comunidade, cravou-se a Cruz que guiou toda a Romaria. E ali ela permanecerá pelos tempos como um símbolo da força do povo que, a cada dia, fortalece seu vínculo com aquele território. Bem como simbolizará um altar em memória àquelas pessoas que fizeram de suas vidas instrumentos de construção do Reino de Deus. Em especial, o companheiro Almir Muniz, que foi tombado pela ganância do latifúndio, mas que permanece vivo nas pessoas e dá nome ao assentamento onde dezenas de famílias plantam e colhem um enorme diversidade de alimentos e honram sua memória.

Todos e todas mártires da terra, presente, presente, presente!

 

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