Ao longo do evento, foi possível apresentar informações sobre a Pastoral e a luta por moradia
Por Everton Antunes/Comunicação CPT Nacional
Foto: Coletivos reunidos durante apresentação da Pastoral da Moradia e Favela Nacional, em Penápolis (SP)/ Créditos: CPT-SP
Aconteceu, no último dia 13, o Encontro para Construção da Pastoral da Moradia e Favela em Penápolis (SP), no Colégio Franciscano. A iniciativa, em parceria com a CPT-SP, teve como principal objetivo apresentar a pastoral aos cerca de 14 núcleos de luta pelo teto e terra de diversos municípios paulistas.
“A CPT-SP tem organizado e assessorado, nos últimos anos, esses núcleos de luta pelo teto e terra em várias cidades do interior paulista, na região em que se encontram nove dioceses”, explica o Frei Marcelo Toyansk, coordenador da pastoral recém-construída. Ao todo, estiveram presentes cerca de 50 participantes, entre lideranças de mais de 14 municípios e autoridades clericais.
Toyansk ainda relaciona os conflitos e disparidades do campo com a falta de moradias nos grandes núcleos urbanos do país. “Devido à falta da reforma agrária, milhões se deslocaram para as periferias, sem terra, na busca de um teto nas cidades. Também temos a discussão pela terra urbana, cobiçada fortemente pelos grandes grupos econômicos, marginalizando criminosamente muitas pessoas nas periferias sem teto”, orienta.
Ao longo do evento, foi possível apresentar informações sobre a construção da Pastoral da Moradia e Favela pelo território brasileiro, além de atualizações sobre a luta por teto. “Cada núcleo presente pôde apresentar como se encontram suas lutas e seus passos dados”, completa o coordenador.
A Pastoral
A Pastoral da Moradia e Favela Nacional surgiu em nível nacional no contexto da 6ª Semana Social Brasileira - 6ª SSB (2020-2023), cujo tema principal foi “Mutirão pela Vida: por Terra, Teto e Trabalho”, com base na doutrina social do Papa Francisco. “Se aprofundou muito, nos últimos anos, a urgência de uma Pastoral da Moradia e Favela em instância nacional, para fomentar a presença eclesial e sociotransformadora nas periferias, em vista do direito à moradia, à semelhança da CPT na luta pelo direito à terra”, estabelece o Frei Marcelo.