Libia Lopes (Ascom da Diocese de Roraima),
com edição de Carlos Henrique Silva (Comunicação CPT Nacional),
No cenário atual, onde a preservação do meio ambiente tornou-se uma prioridade global, a sociedade roraimense se prepara para a II edição da Caminhada Ecológica em defesa da Amazônia e contra a construção da Usina Hidrelétrica do Bem Querer, no próximo dia 7 de outubro (sábado). A mobilização ganha força a cada ano, reunindo cidadãos preocupados com o patrimônio ambiental e a sustentabilidade.
A primeira Caminhada Ecológica, realizada em 2019, foi um marco na conscientização da comunidade local sobre os desafios enfrentados pela Amazônia. Mais de 100 pessoas se uniram para percorrer a vicinal do Bem Querer, cuja entrada está localizada no KM 125 da BR 174, no município de Caracaraí (RR). O evento serviu como um chamado para a preservação da região e uma manifestação contra a construção da hidrelétrica.
A segunda edição da Caminhada Ecológica promete ser ainda mais impactante. O objetivo continua o mesmo: defender o patrimônio ambiental da Amazônia, proteger vidas e pedir o arquivamento da proposta da hidrelétrica pelo governo federal.
Um dos principais pontos levantados pelas populações e entidades organizadoras da caminhada é que os investimentos planejados para a construção da hidrelétrica do Bem Querer, que chegam a R$ 10 bilhões, poderiam ser direcionados para o desenvolvimento de outras matrizes de geração de energia, como a energia fotovoltaica, mais limpa e sustentável.
A concentração está marcada para as 8h30, com a saída da caminhada prevista para as 9h. Para aqueles e aquelas que desejam participar e são de Boa Vista, há um ônibus programado para partir às 6h.
O evento é uma oportunidade não apenas de manifestar preocupações, mas também de celebrar a beleza da natureza e fortalecer os laços da comunidade. As corredeiras do Bem Querer, a apenas 3 km do local de partida da caminhada, oferecem uma paisagem deslumbrante e servirão como pano de fundo para a mobilização.
O arco-íris de participantes, incluindo representantes da Igreja Católica, ativistas ambientais, membros de movimentos sociais, líderes comunitários e o povo local, representa a unidade e determinação da comunidade de Roraima em proteger seu ambiente natural.
A II Caminhada Ecológica não é apenas um evento, mas uma expressão poderosa da voz do povo, clamando por um futuro sustentável e pela proteção da Amazônia. É uma lembrança de que cada passo dado é um passo em direção à preservação do nosso planeta e à construção de um mundo mais verde e harmonioso.
A mobilização é organizada por diversas organizações populares como a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), Comissão Pastoral da Terra (CPT) Regional Roraima, Diocese de Roraima, Pastorais (Social, da Criança e da Juventude), MST, Levante Popular da Juventude, Cáritas, dentre outras.