Mártires
Dai, e vos será dado; será derramada no vosso regaço uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante, pois com a medida com que medirdes sereis medidos também.
– (Lc 6, 38)
Mártires da Terra
Ao longo da história, pessoas se destacaram por ter manifestado sua fé e seus valores por palavras, pelo testemunho falado. Muito mais pessoas, porém, deram testemunho por seu comportamento coerente, pelas atitudes e relações com outras pessoas.
Foi o que fez Jesus, o Nazareno, que chama de “bem-aventurados” os “pobres no Espírito”, porque o “reino dos céus” é deles, e também é nosso, por isso somos “perseguidos por causa da justiça”; porque queremos consolar os que choram, queremos que os pequenos possuam a terra, que sejam saciadas a fome e a sede de justiça de multidões.
A palavra “testemunhas” traduz o termo grego “mártires”. Somos chamados a trilhar o mesmo caminho de Jesus, sabendo que este caminho nos levará ao confronto, ao conflito, ao calvário, à cruz. Foi assim que deram suas vidas João Bosco, Ezequiel, Adelaide, Josimo, Dorothy e muitas e muitos outros. Do mesmo modo, Margarida Alves, os irmãos Canuto, Rosely, Ângelo Kretã, Marçal, Vilmar, Chico Mendes, Virgílio, Osvaldino, José Claudio e Maria do Espírito Santo, Almir, João Luiz, Raimundo Bertoldo, Maria Bernardete, Bruno…
Em nossa caminhada de CPT, conhecemos muitas mulheres e homens, líderes sindicais, sem-terra, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, seringueiros, pescadores e ambientalistas que, até sem manifestar uma fé explícita em Jesus, são motivados pelo amor por suas comunidades que sofrem violências, e com elas lutam arriscando a própria vida.



















