XXII Missa do Agricultor é realizada comunidade Correguinho dos Agostinhos, em Acaraú (CE)

Por CPT Ceará e Comunicação Nacional CPT

Fotos: Francisco “Chiquinho” | CPT Ceará

No dia 3 de setembro, a Diocese de Sobral, na Região Episcopal do Vale do Acaraú, juntamente com a Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Acaraú, as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), a Comissão Pastoral da Terra regional Ceará, promoveu a XXII Missa do Agricultor, realizada na Comunidade Correguinho dos Agostinhos. 

Iniciativa que se desenvolveu com o apoio do padre Valderir, na Paróquia de Cruz, a celebração se consolidou, ao longo dos anos, como um importante evento regional, valorizando a figura do camponês e reconhecendo o dom dos frutos da terra, dado por Deus.

Dona Nilce, agricultora da comunidade Correguinho dos Agostinhos, conta que a missa surgiu a partir do lamento de um velho camponês “sem vez e nem voz”, mas que clamou pela valorização das trabalhadoras e trabalhadores do campo. “E deu certo. A Igreja chegou junto, aceitou e fez essa manifestação de amor e de dedicação ao agricultor, que é celebrada no mês de setembro. É um momento muito rico, muito forte, que deixa o agricultor mais alegre, mais incentivado a continuar com a sua cultura de tanta importância, porque é da agricultura que sai o alimento para todas as mesas”, explica. 

Programação

A atividade contou com acolhida às margens do rio Acaraú, caminhada em memória dos mártires e agricultores da região, celebração eucarística, visita à réplica de uma “casa do agricultor” e um momento especial de partilha de alimentos, complementado por apresentações musicais. A missa foi presidida pelo padre João Vasconcelos, com a co-celebração do padre Adalberto e do diácono Lucas, juntamente com toda a comunidade presente. 

Francisco “Chiquinho”, coordenador da CPT Ceará, compartilhou uma mensagem aos participantes ao final da celebração: “Este momento é de profunda alegria e cheio de significados, um gesto verdadeiro de cuidado com a casa comum e uma homenagem justa aos camponeses e camponesas, que, ao plantar, esperam confiantes no Senhor, que nos dá os frutos da terra e nos presenteia com toda a Sua criação.”

Para Esmeraldina de Souza Oliveira, agricultora da comunidade de Guarda – Paróquia de Cruz, o momento foi de reconhecimento da atividade camponesa, trabalho diário e passado de geração em geração, que chega à mesa de todos. “O sentimento é de extrema gratidão a meus pais que com tanto zelo e dedicação cuidaram da pequena de gleba de terra para deixar a seus herdeiros um solo fértil e fecundo. Aqui o que se planta floresce e dá bons frutos”, relata. “Não existe recompensa maior do  que partilhar da visível alegria no rosto de meus companheiros agricultores e companheiras do campo sendo homenageados e reconhecidos pelos seus feitos”, completa Esmeraldina.

A XXII Edição contou ainda com a parceria do Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Acaraú (STR-Aracaú), além do apoio de diversas pastorais e comunidades.

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