Campanha “De Olho Aberto para Não Virar Escravo” e Articulação da Amazônia participam de audiência com relatoria da ONU

Na audiência, participaram agentes da CPT ligados à Campanha de Combate ao Trabalho Escravo e à Articulação da Amazônia. Foto: Acervo CPT
Na audiência, participaram agentes da CPT ligados à Campanha de Combate ao Trabalho Escravo e à Articulação da Amazônia. Foto: Acervo CPT

No último sábado, 23 de agosto, em Marabá (PA), a Campanha de Combate ao Trabalho Escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Articulação das CPT’s da Amazônia participaram de uma audiência com o relator especial da ONU para assuntos de escravidão contemporânea, Tomoya Obokata.

Durante o encontro, a Articulação da Amazônia apresentou um panorama das violações de direitos nos territórios da região, destacando a relação entre desmatamento, garimpo ilegal, implantação de grandes projetos e monoculturas com o aumento da vulnerabilidade ao trabalho escravo.

Já a Campanha “De Olho Aberto para Não Virar Escravo” abordou:

  • A queda significativa no número de trabalhadores resgatados da escravidão contemporânea na Amazônia Legal;
  • A importância das ações de fiscalização integradas entre órgãos de combate ao trabalho escravo, repressão ao desmatamento e ao garimpo ilegal;
  • A necessidade de maior investimento do Estado brasileiro em políticas de reforma agrária e no enfrentamento aos conflitos no campo, elementos que agravam a vulnerabilidade das comunidades.

O relator Tomoya Obokata demonstrou especial atenção à relação entre meio ambiente e escravidão contemporânea, reconhecendo o impacto da degradação ambiental e dos grandes empreendimentos sobre a exploração do trabalho.

Também participaram da audiência a Repórter Brasil, o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia – Carmen Bascarán, além de agentes das equipes da CPT de Marabá e do Alto Xingu, que contribuíram com relatos e análises fundamentais.

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(Por CPT Regional Pará)

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