Nota de Solidariedade e Denúncia – Articulação Tocantinense de Agroecologia

Articulação Tocantinense de Agroecologia emite Nota de Solidariedade e Denúncia. Crédito: Prefeitura de Palmeirante / Divulgação
Articulação Tocantinense de Agroecologia emite Nota de Solidariedade e Denúncia. Crédito: Prefeitura de Palmeirante / Divulgação

Articulação Tocantinense de Agroecologia (ATA) vem a público manifestar apoio e solidariedade a Paulo Primo Izaias, conhecido como Paulo do Cacau, Vice-Presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Colinas e Região, liderança histórica na luta pela reforma agrária no Tocantins, pela agricultura familiar, pela justiça social e defensor dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais.

Denunciamos as ameaças e perseguições que Paulo vem sofrendo em razão de sua atuação na defesa da criação de assentamentos para famílias agricultoras em Palmeirante-TO, região historicamente marcada por conflitos agrários, violência contra trabalhadores rurais e a atuação de grileiros. Exigimos ação imediata das autoridades para garantir proteção efetiva a Paulo Cacau e a punição dos responsáveis por tais crimes.

Desde o ano passado, Paulo é alvo de ameaças de morte, perseguições e intimidações por sua luta em favor da destinação de terras públicas para a reforma agrária. A situação se agravou nos últimos meses, após a recente portaria do INCRA autorizando a criação de novos assentamentos na região.

O caso de Paulo Cacau não é isolado: ele se insere em um padrão histórico e crescente de violência contra lideranças sindicais, quilombolas, camponesas e indígenas no Tocantins e em todo o Brasil. Trata-se de uma tentativa sistemática de calar vozes e enfraquecer movimentos sociais que defendem a justiça social, a soberania alimentar e a reforma agrária popular.

ATA repudia veementemente qualquer forma de violência ou intimidação contra defensores e defensoras de direitos humanos. Exigimos que sejam garantidas a segurança e a integridade de todas as lideranças e famílias que lutam pela terra na região, e que o Estado cumpra seu dever de proteger quem defende a vida, a democracia e os bens comuns.

Não aceitaremos que a violência silencie nossas lideranças. Não nos calaremos diante das ameaças e injustiças.

Reforma Agrária Popular e Justiça Social no Campo já!
Estamos com Paulo Cacau!

Pela Terra, pela Vida e pela Dignidade!

Articulação Tocantinense de Agroecologia
Palmas-TO, 15 de agosto de 2025.

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