Roseli Nunes (Mártir da Terra)

Rose, como era conhecida, nasceu em 1954, e teve uma vida marcada por lutas pela reforma agrária. Ainda jovem, na gravidez, participou da ocupação da fazenda Anoni, em 1985, a maior ocupação realizada no Rio Grande do Sul, marcando o início do Movimento dos Sem Terra no estado. Em seguida, liderou uma marcha por mais de 300 km até Porto Alegre, acampando na Assembleia Legislativa por seis meses para reivindicar uma solução para as 3 mil famílias que estavam acampadas na fazenda. Foi mãe da primeira criança nascida no acampamento Sepé Tiaraju.
Foi morta de forma trágica durante um protesto na BR 386 em Sarandi (RS) contra a indefinição do governo em relação à reforma agrária. Um caminhão avançou contra os trabalhadores, ferindo 14 agricultores e matando outros 3, dentre eles Roseli, com 33 anos e mãe de 3 filhos, além de outra agricultora de 23 anos e um agricultor de 32 anos. Em 1988, uma investigação da CPI da Violência na Assembleia Legislativa concluiu que o motorista era culpado pelo acidente.
Foto: Reprodução/MST