Comunidade de Penanduba, no Ceará, recebe 9ª Romaria do Mártir Benedito Tonho em defesa da Casa Comum

Por CPT Ceará

No último dia 2 de agosto, a Comunidade de Penanduba, na Paróquia de Frecheirinha (CE), foi chão da 9ª Romaria do Mártir Benedito Tonho, promovida pelas pastorais sociais, CPT regional Ceará e Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da diocese de Sobral. O encontro teve como tema “Os mártires e o profetismo na Defesa da Casa Comum e da Ecologia Integral”, reunindo cerca de 150 pessoas comprometidas com a justiça, a fé e o cuidado com a criação.

Entre os participantes, estiveram padres, diáconos, agentes de pastoral, lideranças sindicais, representantes de projetos sociais, professores, pesquisadores, gestores públicos e trabalhadores e trabalhadoras do campo. A Romaria foi marcada por momentos de mística, memória viva, denúncia profética por meio do lançamento da publicação “Conflito no Campo Brasil 2024” e celebração do compromisso com a vida e com os pobres.

Durante o encontro, os presentes celebraram os mártires que regaram a terra com coragem e amor, reafirmando o compromisso cristão com a defesa da natureza e da dignidade humana, especialmente das populações mais vulneráveis.

Para Francisco “Chiquinho”, coordenador da CPT regional Ceará, o momento foi de grande aprendizado e renovação da caminhada. “Esta Romaria nos ajuda a superar desafios e a seguir firmes na construção da Igreja dos pobres e sofredores. Foi um tempo de partilha, solidariedade e fé. Como refletimos juntos: ‘O egoísmo morreu de grande e o amor sobrevive nos pequenos”, afirmou.

Símbolo da luta

Motivação dos romeiros e romeiras para a caminhada, Benedito Tonho foi assassinado no dia 05 de agosto de 1986 na comunidade de Queimadas, Distrito de Ubaúna, Coreaú (CE). O mártir foi mais uma vítima dos conflito por terras, tendo-se convertido num dos símbolos da luta popular por direitos. Benedito se tornou símbolo de resistência na reivindicação pela Reforma Agrária.

A Romaria do Mártir Benedito Tonho, inspirada no testemunho dos que tombaram na luta por justiça, segue sendo um espaço de resistência e profecia, ao lado das comunidades e da esperança viva dos povos do campo, da terra, águas e das florestas, e em especial da Caatinga.

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