Violência no Campo: Comunidade é atacada por grupos armados no sudeste do Pará

Com informações da FETRAF/PA e CPT Tucuruí/PA
Imagens registradas pela comunidade

Edição: Carlos Henrique Silva (Comunicação CPT Nacional)

Grupos armados destruíram casas, plantações e utensílios, com o objetivo de expulsar as famílias de suas terras. Foto: trecho de vídeo registrado pela comunidade
Grupos armados destruíram casas, plantações e utensílios, com o objetivo de expulsar as famílias de suas terras. Foto: trecho de vídeo registrado pela comunidade

A comunidade Irmã Dorothy, na antiga Fazenda Chama, zona rural de Breu Branco, sudeste do Pará, viveu um final de semana de terror e tensão. Famílias agricultoras acampadas que vivem há mais de 8 anos na área foram atacadas por grupos armados, que destruíram casas, plantações e utensílios, com o objetivo de expulsá-los de suas terras.

“Uma fartura de alimento destruída: o paiol de arroz, além de muitas abóboras grandes, mandioca. Foi tudo destruído pela motosserra e pelo fogo. É muita crueldade”, lamentou um dos representantes da comunidade, enquanto registrava as imagens. Até os chiqueiros onde as famílias criavam pequenos animais foram destruídos e provocaram a fuga dos porcos.

Uma fartura de alimento destruída, como arroz, abóboras e mandioca. Foi tudo destruído pela motosserra e pelo fogo.
Uma fartura de alimento destruída, como arroz, abóboras e mandioca. Foi tudo destruído pela motosserra e pelo fogo.

Mesmo diante da violência e dos danos, a comunidade resistiu e exigiu a presença da DECA (Delegacia de Conflitos Agrários), que passou o domingo na área colhendo depoimentos e tentando conter o conflito. As famílias estavam acompanhadas de advogado e de representantes do movimento.

Comunidade atacada foi cadastrada pelo Incra em maio

Em 20 de maio, o INCRA concluiu o cadastro das 55 famílias acampadas na comunidade Irmã Dorothy, no sudeste do Pará, há oito anos. Imagem: Fetraf/PA
Em 20 de maio, o INCRA concluiu o cadastro das 55 famílias acampadas na comunidade Irmã Dorothy, no sudeste do Pará, há oito anos. Imagem: Fetraf/PA

A comunidade exige ação imediata do governo, que tem sido omisso em não proceder com a regularização fundiária e a Reforma Agrária. No último dia 20 de maio, o INCRA concluiu o cadastro das 55 famílias acampadas na comunidade Irmã Dorothy. As famílias resistem desde 2017 em uma área pública estadual marcada por conflitos permanentes.

“Não podemos aceitar mais sangue derramado no campo por causa da omissão do Estado e da demora na Reforma Agrária. Exigimos medidas imediatas para garantir a segurança e o direito à terra dessas famílias, que só querem viver e produzir em paz”, afirma a Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf).

Terra para quem nela vive, trabalha e produz!

Chega de violência!

Reforma Agrária Já!

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Um comentário

  1. Estamos vivendo um tempo muito perigoso pra reforma agrária no nosso estado onde a polícia militar do estado criada com o objetivo de dar segurança à quem mora na zona rural são corrompidos a prestar serviços de forma criminosas em favor da grilagem é do crime organizado no estado observem essa ação aconteceu com a presença da polícia militar patrulha Rural em um dia, no outro os mesmos polícias foram filmados e fotografados sem a farda trabalhando como pistoleiros um absurdo que devemos repudiar até haver punições fora prejuízos significante que deram aos trabalhadores que ali moram deixando um trauma nas mulheres crianças e idosos que estavam presentes

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