Ações da Mobilização de Comunicação em Combate ao Trabalho Escravo são realizadas no Piauí e no Pará
Como parte da Mobilização de Comunicação em Combate ao Trabalho Escravo, foram realizadas atividades em municípios do Piauí e em Breu Branco, no Pará, como forma de alertar a população sobre esse crime, e de mostrar como denunciá-lo.
(Francisco Alan – Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo)
Nos dias 12 e 13 de maio, foi realizada na Comunidade Paiol Velho, município de Miguel Alves, Piauí, uma oficina de recuperação de Nascentes. A região tem um índice elevado de trabalhadores que migram para outras regiões. A oficina teve como objetivo ensinar através do conhecimento teórico-prático as formas adequadas para a recuperação e preservação das nascentes. A oficina foi coordenada por uma comissão local que faz um trabalho com a comunidade de prevenção sobre o trabalho escravo, além de contribuir com o processo organizativo e formativo. Durante a noite foi feita um momento cultural, seguido de uma breve conversa sobre as reformas trabalhistas e previdenciárias e como elas afetam os trabalhadores do campo. Participaram da oficina as famílias da comunidade, a Secretaria do Meio Ambiente, Secretaria de Agricultura, Procuradoria do município, além de professores.
Já em Teresina, no Centro Pastoral Paul
o VI, foi realizado no dia 16 de maio um debate sobre o impacto das reformas trabalhistas e previdenciária. O evento foi organizado pela Rede Ponte, a qual agrega várias entidades, dentre elas a CPT Piauí. O debate contou com a presença do Ministério Público do Trabalho, do Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho e Sindicato das Telecomunicações, que fizeram uma abordagem sobre o contexto negativo dessas reformas. A atividade foi transmitida pelas redes sociais.
Como forma de sensibilizar a sociedade sobre a problemática do trabalho escravo, foi realizado, no dia 12 de maio, um dia de panfletagem, que teve como objetivo levar informações sobre a realidade do trabalho escravo para a população do município de Breu Branco, no Pará. A panfletagem foi realizada na rodoviária e no mercado durante a feira livre, com entrega de panfletos e da “sanfoninha preventiva” – material em formato sanfonado com quadrinhos que narram desde o aliciamento do trabalhador até ele ser escravizado. Após a panfletagem foi realizada uma visita ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), como forma de sensibilizar a instituição em contribuir num trabalho formativo junto às famílias atendidas, levando informações sobre como se prevenir e denunciar casos de trabalho escravo ou superexploração.